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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Exames suíços indicam que Arafat foi envenenado

Análises sugerem que Arafat foi envenenado com polônio. Foto:  Hussein Hussein/AFP Photo/Arquivo
Análises sugerem que Arafat foi envenenado com polônio. Foto: Hussein Hussein/AFP Photo/Arquivo
Cientistas suíços que analisaram mostras colhidas do corpo do líder palestino Yasser Arafat encontraram níveis surpreendentemente altos da substância radioativa polônio-210, em taxas pelo menos 18 vezes superior ao normal. Para os cientistas, é possível afirmar com 83% de certeza que Arafat foi envenenado, o que indica que o polônio pode ter sido a causa de sua morte, relata a TV al-Jazeera, que teve acesso ao relatório.
O informe de 108 páginas feito pelo Centro de Medicina Legal da Universidade de Lausanne, encontrou níveis altos da substância nos quadris, pélvis e no solo onde o corpo está depositado. Há muito especulava-se sobre a cauda da morte do líder palestino, mas este exame revela níveis radioativos muito além dos habituais. O tema volta agora ao debate, quando israelenses e palestinos retomam as negociações de paz.
Em novembro, técnico suíços, franceses e russos coletaram as amostras no Mausoléu onde Arafat foi sepultado em Ramallah, na Cisjordânia.
"Em 12 de outubro de 2004, o presidente Yasser Arafat desenvolveu sintomas agudos gastrointestinais que resultaram em sua morte um mês depois", diz um trecho do relatório. "A hipótese do envenenamento com polônio-210 foi a causa dos sintomas surgiu oito anos após a sua morte, quando novas investigações toxicológicas e radiológicas foram realizadas, demonstrando níveis inesperadamente altos de polônio-210 e chumbo-210 em muitas das amostras." E conclui o estudo: "Levando em conta as limitações citadas, o lapso de tempo e a qualidade das amostras, os resultados moderadamente apoiam a ideia de que a morte foi causada por envenenamento por polônio-210."
- Yasser Arafat morreu de envenenamento por polônio - disse o cientista forense britânico Dave Barclay ao ver os resultados apresentados pela al-Jazeera. - Descobrimos a causa da morte. O que não sabemos são os responsáveis por ela.
De acordo com Barclay, os níveis de polônio encontrados na costela eram de 900 milibecquerels, "18 a 36 vezes a média, dependendo da literatura (médica)."
A viúva do líder palestino, Suha, sempre desconfiou que o marido havia sido envenenado. Na terça-feira, ela recebeu uma cópia do estudo em sua casa, em Paris.

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