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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Serrita: Filho do prefeito é acusado de utilizar material do PAC em propriedade particular. Prefeitura rebate

maquinas serrita
Duas retroescavadeiras e um caminhão caçamba obtidos com recursos da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) estariam sendo utilizados de forma irregular pelo secretário de Planejamento de Serrita (PE), Rodrigo Cecílio. Ele é filho do atual prefeito, Carlos Cecílio.
O maquinário estava servindo para realizar a reforma no açude da Fazenda Minador, que pertence ao secretário. Os veículos foram apreendidos após denúncia anônima feita à Polícia Federal (PF) em Salgueiro (PE), no Sertão Central, na última segunda-feira (11).
No momento da ação, o proprietário da fazenda não se encontrava no local. Trabalhadores que operavam as máquinas, no entanto, foram conduzidos à Delegacia de Salgueiro. Durante depoimento, os envolvidos admitiram ter recebido a determinação, tanto do secretário de Agricultura quanto do de Planejamento para trabalharem no local.
Eles também informaram que o combustível usado nas máquinas foi pago pela Prefeitura de Serrita e que o posto utilizado para abastecimento pertence ao filho do prefeito. Além disso, os operadores afirmaram estar recebendo dinheiro da prefeitura do município para trabalhar no local desde a última sexta-feira (8).
Ainda de acordo com a PF, foi registrada uma ocorrência no Ministério Público após um idoso de 78 anos, morador do sítio Umari, ter requisitado, sem sucesso, uma retroescavadeira a repartições públicas de Serrita. Informações repassadas pela população reforçam que, desde abril, as máquinas servem exclusivamente aos interesses particulares dos familiares do prefeito e de seus aliados.
De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia, não houve flagrante, já que o funcionário não foi visto no local. No entanto, um inquérito policial foi instaurado e todos os envolvidos serão chamados até a Delegacia de Salgueiro para prestar esclarecimentos. Caso haja comprovação da denúncia, os envolvidos serão autuados através do Decreto-Lei 201/67, com penas que variam de 2 a 12 anos de reclusão. A denúncia foi publicada hoje (13) no Jornal do Commercio.
Outro lado
Em nota enviada à imprensa, a Prefeitura garante que o serviço estaria sendo executado dentro da legalidade. Na nota, o secretário de agricultura, Claudivan Araújo explica que o Decreto 012, de 30 de abril de 2013, autoriza a secretaria a efetuar todos os atos para minorar os efeitos da seca, inclusive utilizando máquinas da prefeitura para realizar a limpeza e recuperação de poços, barreiros e cacimbas destinadas ao armazenamento de água das chuvas.
Ainda segundo a nota, assim fica celebrado um termo de servidão pública assinada pelos proprietários da fazenda e pela Secretaria de Agricultura. (Foto/reprodução)
Da redação Blog do Flávio Galdino

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