 |
A mãe de Josué Araújo de Souza, bebê de 1 mês que foi agredido e morto, afirma que ela e o marido não queriam fazer mal ao filho. Josué deu entrada em um hospital particular de Cuiabá na madrugada desta segunda-feira (6) com sinais de espancamento e mordidas pelo corpo. De acordo com a Polícia Civil, a criança já estava morta quando chegou ao hospital. Um documento preliminar do Instituto Médico Legal (IML) da capital aponta a morte da criança por traumatismo craniano.
Tainara Cardoso de Araújo, de 19 anos, disse que a briga com o marido, André Luiz Pinto de Souza, de 22, começou após uma discussão sobre as marcas de mordida no filho e desencadeou com problemas relacionados ao trabalho de André. O caso aconteceu na casa da família, no Bairro Ribeirão do Lipa.
Na sexta-feira (3) o casal discutiu e, com raiva, André tomou a criança da mãe e a arremessou em um colchão que estava no chão. Josué machucou a cabeça e teve uma série de complicações de saúde, que variaram entre febre alta e convulsões.
saiba mais
Só depois de três dias desses sintomas foi que os pais do menino resolveram levá-lo para um médico. Ao G1, a mãe do menino disse que a criança apresentou uma melhora de saúde no domingo (5) e por isso não o levaram antes até o médico. À imprensa, André não quis se pronunciar.
“Nós dávamos mordidas de brincadeira, mas aí eu vi que era perigoso e falei para ele [o marido] parar. No Ano Novo ele deu uma mordida no rosto dele e eu briguei”, contou Tainara sobre as mordidas. Ainda conforme declaração da mãe do bebê, ela viu o momento em que o companheiro jogou o menino no colchão que estava no chão.
Porém, apesar de afirmar que a agressão ocorreu mais vezes, ela diz não acreditar que isso possa ter sido a causa da morte. “Eu queria levar o neném ao médico mas ele não queria, não deixava. Eu fiquei desesperada e demos remédio. No domingo a febre abaixou e decidimos não levá-lo [ao médico] naquele momento”, informou a mãe.
Ainda segundo Tainara, o filho teve uma nova recaída durante a noite. Josué sofreu convulsões e a família decidiu ligar para o pastor de uma igreja que os acompanha. O líder religioso socorreu o menino até o hospital. “Eu não tava nem aí se eu iria ser presa, eu só queria que ele [o bebê] estivesse bem. Vou ter que viver sem o meu filho”, lamentou a suspeita.
Josué era filho único do casal, que estava junto há cerca de um ano. Pai e mãe foram presos no hospital onde o menino foi levado, depois que uma enfermeira suspeitou do caso e chamou a polícia. Eles estão detidos na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na capital mato-grossense.
No final da noite desta segunda-feira André Luiz foi encaminhado para a Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo presídio Pascoal Ramos, e a mulher dele para a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May. Segundo a delegada que decretou a prisão do casal, Anaíde Barros, os pais vão responder por homicídio qualificado doloso (quando há intenção de matar).
Fonte G1 / Blog do Flávio Galdino
Araripina-PE
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário