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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Lesão de Laís Souza pode não ser completa

Em um chat com jornalistas na tarde desta quinta-feira, o médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Dr. AntônioMarttos Jr., indicou que a saltadora Laís Souza pode não ter sofrido uma lesão medular completa. Ele, porém, evitou fazer prognósticos com relação a futuras sequelas e comemorou o avanço no quadro respiratório de Laís. Segundo Marttos Jr., o estado de saúde da brasileira está melhorando, apesar de ainda existir risco de morte.

"O ponto mais positivo nessa primeira semana foi em relação à parte respiratória. Decidimos pela não implantação do marcapasso no diafragma inicialmente, pois ela apresentou sinais de que pode respirar sem a ajuda do ventilador. Iniciamos o processo de diminuição da ventilação mecânica e ela está tolerando bem esse desmame", explicou o médico.
O médico disse ainda que, apesar de o acidente e a gravidade das suas consequências não serem abordados com Laís (como a possibilidade de tetraplegia), ela tem consciência de que a recuperação não será simples. "Laís é muito inteligente, sabe o que está acontecendo. Ela é muito forte mentalmente e determinada para enfrentar a situação e este processo que está acontecendo na vida dela", disse Marttos Jr., contando que a atleta já pediu para assistir filmes e escutar músicas. "Ela se comunica com todos ao seu redor. Só não tem fala porque está com a traqueostomia, mas sussurra o que quer", completou.
Apesar de ainda não ter movimentos expressivos nos membrossuperiores e inferiores, Laís está com sensibilidade no local da cirurgia (para realinhamento da terceira vértebra da coluna), na parte superior dos braços e tórax, além de conseguir mover os ombros.
O acidente
Laís se chocou com uma árvore enquanto esquiava livremente em Park City (EUA), no último dia 27. Desde então, ela estava internada no Hospital Universitário de Utah, em Salt Lake City, onde foi submetida a uma cirurgia para realinhar a terceira vértebra da coluna, deslocada no acidente. Com isso, Laís está sem os movimentos de braços e pernas. Ela passou ainda pelos procedimentos de traqueostomia, a fim de melhorar a respiração, e gastrotomia, para alimentar-se por intermédio de sonda.
Nesta quarta-feira, ela foi transferida para o Hospital da Universidade de Miami, onde dará continuidade ao processo de recuperação da lesão de gravidade elevada. Segundo Dr. Marttos Jr., ainda não há previsão de transferência da atleta para o Brasil. Ela participaria dos Jogos Olímpicos de Inverno em Socchi, mas teve que abandonar a competição. 

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