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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

ONS admite pela primeira vez usar volume morto de Sobradinho; nova redução na vazão começa hoje

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) admitiu pela primeira vez a possibilidade de utilizar a água alocada no volume morto da Barragem de Sobradinho (BA), caso a capacidade hídrica do reservatório chegue a zero. Para evitar o esvaziamento do reservatório, que sofre os efeitos prolongados de uma estiagem severa de quatro anos, alcançando atualmente um patamar de 2,1% no seu volume útil, a Agência Nacional de Águas (ANA) autorizou na terça-feira (5), em Brasília, o início dos testes de redução para 800 metros cúbicos por segundo (m³/s) da água liberada (vazão) pela represa.
Mesmo não defendendo formalmente o uso do volume morto, o diretor geral do ONS, Hermes Chipp, considera que esta retirada de água em Sobradinho, caso se faça necessária, “deverá ocorrer de forma que não comprometa o funcionamento do reservatório, assim como a qualidade das águas que abasteceria a população ribeirinha e os demais usuários da bacia do rio São Francisco”, diz.
Para tanto, ele sugere um estudo preventivo que determine os limites de uso desta reserva, que poderá chegar a cinco bilhões de metros cúbicos. A medida de utilização do volume morto foi praticada recentemente no sistema Cantareira, no Sudeste do país, mostrando-se bastante eficaz no enfrentamento de períodos de baixa precipitação.
Já a decisão de reduzir ainda mais a vazão foi desaprovada por algumas entidades presentes à reunião, que alegaram prejuízos com a nova resolução, entre elas o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), representando pelo presidente Anivaldo Miranda.
Monitoramento
A operação, que entra em vigor a partir desta quinta-feira (7), será feita de forma gradual, em duas etapas. A primeira deverá ocorrer de hoje a 13 de janeiro, com a vazão de 850 m³/s; e de 14 a 20 de janeiro, devem ser praticados os 800m³/s. Todo o teste será monitorado, com relatórios publicados no Portal da Chesf (www.chesf.gov.br) e enviados para os órgãos fiscalizadores. Desde 2013, a falta de chuvas na Bacia do São Francisco vem se refletindo no menor armazenamento de água nos reservatórios. O de Sobradinho, de grande importância para a Região, está com o seu volume útil em torno de 2%. As informações são do CBHS. (foto/reprodução)

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