A sessão que discute no Senado a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff alcançou, na madrugada desta quinta-feira (12), o total de 40 senadores que se declararam favoráveis ao impedimento da presidente. Com isso, caso os parlamentares mantenham na votação o posicionamento defendido em discurso no plenário, já há número suficiente para aprovar o impeachment e afastar Dilma por até 180 dias.
Para que seja aprovado o relatório da Comissão Especial do Impeachment e o processo seja instaurado, são necessários votos favoráveis da maioria simples dos senadores presentes – metade mais um. A expectativa é que 78 dos 81 senadores votem durante a sessão.
Dois senadores, Eduardo Braga (PMDB-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA), estão de licença médica. O terceiro que não irá comparecer à votação é Pedro Chaves dos Santos (PSC-MS), suplente de Delcídio do Amaral (sem partido-MS), cassado nesta terça-feira (10). Santos ainda não tomou posse como senador titular substituto de Delcídio.
O 40º discurso favorável ao impeachment foi dado às 03h05, com a fala do senador Roberto Rocha (PSB-MA). "Voto pela admissibilidade da denúncia, na expectativa que o Senado conduza o processo de forma límpida, amparado na Constituição e animado pelo senso de justiça", declarou. No momento da fala dele, outros 16 parlamentares haviam se posicionado contra o processo. A votação da instauração do processo de impeachment deve ocorrer na manhã desta quinta-feira. A sessão que discute o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao processo, começou na manhã desta quarta-feira, com discursos de até 15 minutos para cada senador. Discursos A sessão destinada à discussão e votação do parecer da comissão especial estava prevista para começar às 9h. No entanto, o início dos trabalhos só aconteceu às 10h .A primeira oradora inscrita na sessão, Ana Amélia Lemos (PP-RS), só subiu à tribuna por volta de 11h20. Isso porque, antes de os parlamentares começarem a discursar, alguns senadores pediram a palavra para comentar a validade do processo de impeachment
Conforme havia anunciado, o presidente do Senado, Renan Calheiros, suspendeu a sessão por volta de 12h30 para que os senadores pudessem almoçar. O segundo bloco de pronunciamentos iniciou às 14h30 e se estendeu até as 18h30, quando houve novo intervalo. O terceiro bloco, que ainda está em andamento, teve início às 19h25 e deve seguir até por volta das 7h desta quinta-feira (12).
Senadores governistas e da oposição se revezaram na tribuna do Senado. Após os discursos, os parlamentares eram aplaudidos por colegas que concordavam com o posicionamento apresentado.
Com o avanço da sessão ao longo da noite de quarta e da madrugada de quinta, vários senadores foram deixando o plenário para descansar. À 1h desta quinta, dos 77 senadores que estavam com presença registrada no painel, apenas 27 estavam no plenário.
Alguns senadores, caso de Lídice da Mata (PSB-BA), só entraram em plenário próximo da hora que discursariam. Outros, como o senador Fernando Collor (PTC-AL), deixaram o plenário logo após se pronunciarem na tribuna.
Veja o posicionamento dos senadores até o 40º discurso no plenário: – A FAVOR (50) Ana Amélia Lemos (PP-RS) José Medeiros (PSD-MT) Aloysio Nunes (PSDB-SP) Marta Suplicy (PMDB-SP) Ataídes Oliveira (PSDB-TO) Ronaldo Caiado (DEM-GO) Zezé Perrella (PTB-MG) Lúcia Vânia (PSB-GO) Magno Malta (PR-ES) Ricardo Ferraço (PSDB-ES) Romário (PSB-RJ) Sérgio Petecão (PSD-AC) Dário Berger (PMDB-SC) Simone Tebet (PMBD-MS) Cristovam Buarque (PPS-DF) José Maranhão (PMDB-PB) José Agripino Maia (DEM-RN) Acir Gurgacz (PDT-RO) Eduardo Amorim (PSC-SE) Aécio Neves (PSDB-MG) Wilder Morais (PP-GO) Álvaro Dias (PV-PR) Waldemir Moka (PMDB-MS) Marcelo Crivella (PRB-RJ) Lasier Martins (PDT-RS) Reguffe (sem partido-DF) Hélio José (PMDB-DF) Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) Valdir Raupp (PMDB-RO) Paulo Bauer (PSDB-SC) Gladson Cameli (PP-AC) Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) Omar Aziz (PSD-AM) Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) Maria do Carmo Alves (DEM-SE) Tasso Jereissati (PSDB-CE) Wellington Fagundes (PR-MT) Flexa Ribeiro (PSDB-PA) Roberto Rocha (PSB-MA) Blairo Maggi (PR-MT) Dalírio Beber (PSDB-SC) José Serra (PSDB-SP) Davi Alcolumbre (DEM-AP) Ciro Nogueira (PP-PI) Ivo Cassol (PP-RO) Benedito de Lira (PP-AL) Romero Jucá (PMDB-RR) Edison Lobão (PMDB-MA) Raimundo Lira (PMDB-PB) – CONTRA (20) Telmário Mota (PDT-RR) Ângela Portela (PT-RR) Jorge Viana (PT-AC) Fátima Bezerra (PT-RN) Roberto Requião (PMDB-PR) Randolfe Rodrigues (Rede-AP) Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) Regina Sousa (PT-PI) Armando Monteiro (PTB-PE) João Capiberibe (PSB-AP) Lídice da Mata (PSB-BA) Otto Alencar (PSD-BA) Lindbergh Farias (PT-RJ) Paulo Rocha (PT-PA) Gleisi Hoffmann (PT-PR) Paulo Paim (PT-RS) Donizeti Nogueira (PT-TO) José Pimentel (PT-CE) Walter Pinheiro (sem partido-BA) Humberto Costa (PT-BA)
Do G1 Brasilia
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quinta-feira, 12 de maio de 2016
Discursos pró-impeachment atingem número suficiente para abrir processo
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