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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Quatro acusados de matar promotor serão julgados a partir desta segunda

G1PE
Quatro acusados de matar o promotor de Justiça Thiago Faria Soares, em Itaíba, no Agreste do estado, em 2013, vão a júri popular, a partir desta segunda (24). Estarão no banco dos réus José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. 
O julgamento ocorrerá no Fórum Ministro Artur Marinho, sede da Justiça Federal em Pernambuco (JFPE), no bairro do Jiquiá, na Zona Oeste da capital pernambucana. Os trabalhos começam às 9h e devem durar pelo menos uma semana.

O promotor foi assassinado na estrada, em seu veículo. No momento do crime, ele estava com Mysheva Freire Ferrão Martins e Adautivo Elias Martins, no dia 14 de outubro. Os quatro réus serão  julgados por homicídio doloso e pela tentativa de homicídio contra Mysheva e Adautivo.

Na audiência de instrução, entre os dias 24 e 27 de março de 2015, compareceram 34 testemunhas. Desse total, 16 foram arroladas pela acusação e 18 pela defesa. Mysheva Martins e Adautivo Elias Martins foram ouvidos pelo Juízo da 36ª Vara Federal.

A decisão da Justiça sobre a pronúncia dos réus saiu no dia 17 de abril de 2015. O sorteio dos jurados que atuarão na sessão aconteceu no dia 12 de setembro de 2016, às 10h, na sala de audiências da 36ª Vara Federal, em que foram sorteados 25 jurados e mais 25 suplentes.

O quinto acusado, Antônio Cavalcante Filho, está foragido. Por isso, o processo dele foi desmembrado para não prejudicar o andamento do caso.
Entenda o caso

O crime ocorreu em 14 de outubro de 2013. O promotor Thiago Faria Soares foi morto quando seguia de Águas Belas para Itaíba, cidade onde trabalhava. Mysheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor na época, e Adautivo Martins, tio dela, também estavam no mesmo veículo, mas não foram atingidos pelos disparos.

A motivação, segundo a PF, envolveu uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. O fazendeiro José Maria Barbosa perdeu a posse para a noiva do promotor, em um leilão da Justiça Federal, e teve que deixar o imóvel.
Em entrevista exclusiva à TV Globo, na época do crime, o fazendeiro negou ter cometido o homicídio. A Polícia Civil, que iniciou as investigações, apontou que Barbosa teria contratado o cunhado, Edmacy Ubirajara, para matar Thiago Faria. Ubirajara chegou a ser preso, mas foi liberado.
A investigação do homicídio foi transferida para a Polícia Federal em 13 de agosto de 2014, a pedido do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a investigação da morte do promotor saiu das mãos da Polícia Civil e passou a ser de responsabilidade da PF.

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