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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Bebê de três meses é internado após usar protetor solar da Peppa Pig

Um bebê de três meses precisou ser internado por apresentar uma reação alérgica após usar um protetor solar fator 50 da Peppa Pig, fabricado pela empresa Cancer Council Australia. A mãe do bebê, Jessie Swan, relatou o caso nas redes sociais.“Não compre esse protetor solar. Ele não estava no sol, ele estava simplesmente ao ar livre. Então, eu coloquei o protetor nele só para prevenir”, declarou a mulher, que publicou uma foto do bebê na página da fabricante.

Entre os comentários da publicação, alguns pais também reclamaram que seus filhos apresentaram uma reação semelhante ao produto, mas não na mesma intensidade do bebê de três meses de Jessie Swan. A empresa respondeu o post da denúncia e disse que abrirá uma investigação para saber quais foram as causas da alergia. “Nós gostaríamos de tranquilizar todos que nosso protetor solar foi formulado para ser adequado para a pele delicada”, afirmaram.

Peles sensíveis, cuidado redobrado

O caso aconteceu na Austrália, mas serve de alerta aos pais do mundo inteiro. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia e a Academia Americana de Dermatologia e Pediatria, o uso de protetores solares deve ocorrer apenas após os seis meses de idade. No entanto, cada produto e país têm a própria especificação de idade.  No consenso de fotoproteção, o indicado para esta idade é a não exposição direta ao sol, uso de roupas, chapéus, sombrinhas para a proteção solar.


O médico dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Leonardo Spagnol Abraham afirma que a pele da criança é muito mais sensível ao dano solar. A exposição sem cuidados, segundo o especialista, pode provocar queimaduras solares com mais facilidade. “Estas queimaduras solares na infância estariam relacionadas ao aparecimento de cânceres de pele no futuro, como o melanoma (o tipo mais perigoso) ou os carcinomas (os mais comuns)”, comenta.

O médico orienta que, no caso de reações alérgicas, o ideal é interromper imediatamente o uso do produto. “É recomendável lavar o local abundantemente com água e sabão neutro para retirar o excesso do produto e em casos graves levar à emergência”, explica.

No caso de queimaduras leves, o profissional diz que a hidratação da pele com produtos gelados pode ser o suficiente. Em casos mais graves, a internação em centros especializados de tratamento de queimados pode ser necessária.  “Uma pequena área de queimadura em uma criança pode representar uma grande porcentagem de sua superfície corporal, tornando-a um paciente (em estado) grave. Por exemplo: uma queimadura na face, tronco e face anterior dos braços pode representar uma queimadura em 45% da superfície corporal de um bebê”, alerta.

Da redação Blog do Flávio Galdino / Correio Brasiliense 

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