Após a divulgação do depoimento de Delgatti, a ex-deputada publicou uma nota na rede social Facebook dizendo que o seu celular havia sido invadido e confirmou ter sido procurada por uma pessoa não identificada, a qual ela pôs em contato com Greenwald.
"No dia 12 de maio, fui comunicada pelo aplicativo Telegram de que, naquele mesmo dia, meu dispositivo havia sido invadido no Estado da Virginia, Estados Unidos. Minutos depois, pelo mesmo aplicativo, recebi mensagem de pessoa que, inicialmente, se identificou como alguém inserido na minha lista de contatos para, a seguir, afirmar que não era quem eu supunha que fosse, mas que era alguém que tinha obtido provas de graves atos ilícitos praticados por autoridades brasileiras", relatou.
"Sem se identificar, mas dizendo morar no exterior, [a mesma pessoa] afirmou que queria divulgar o material por ele recolhido para o bem do país, sem falar ou insinuar que pretendia receber pagamento ou vantagem de qualquer natureza", acrescentou Manuela D'Ávila.
A ex-candidata disse que chegou a suspeitar que as mensagens fossem uma armadilha de seus adversários políticos e limitou-se a repassar o contato do invasor para Glennwald.
"Pela invasão do meu celular e pelas mensagens enviadas, imaginei que se tratasse de alguma armadilha montada por meus adversários políticos. Por isso, apesar de ser jornalista e por estar apta a produzir matérias com sigilo de fonte, repassei ao invasor do meu celular o contato do reconhecido e renomado jornalista investigativo Glenn Greenwald", explicou a ex-candidata.
"Desconheço, portanto, a identidade de quem invadiu meu celular, e desde já, me coloco à inteira disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apuração. Estou, por isso, orientando os meus advogados a procederem a imediata entrega das cópias das mensagens que recebi pelo aplicativo Telegram à Polícia Federal, bem como a formalmente informarem, a quem de direito, que estou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido e para apresentar meu aparelho celular a exame pericial", concluiu D'Ávila.
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