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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Obra sem fim / Transposição do Rio São Francisco avança apenas 1% em um ano

 Rio São Francisco
O primeiro canal da transposição do rio São Francisco, que inicialmente seria inaugurado pelo ex-presidente Lula em 2010, avançou apenas 1% no último ano e não ficará pronto até o fim deste mandato da presidente Dilma Rousseff. O chamado eixo leste da transposição, iniciado por Lula em 2007 e que corta Pernambuco e Paraíba, somente deverá ficar pronto em dezembro de 2015, segundo a previsão oficial do governo.

Assim, se as obras de fato avançarem, caberá ao próximo presidente eleito cortar a fita dos dois canais que o governo promete levar água a 12 milhões de habitantes de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Além do eixo leste, há o eixo norte, que cruza Pernambuco, Ceará e Paraíba e tem previsão de entrega também ao final de 2015.

Um dos carros-chefes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vitrine de Dilma na campanha presidencial de 2010, a transposição do São Francisco deve ser um dos temas da disputa eleitoral do ano que vem.

Além de centralizar o discurso do Planalto nos investimentos no combate aos efeitos da seca nordestina, a maior em cinco décadas, a obra é de responsabilidade do Ministério da Integração Nacional, comandado até o início do mês pelo PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência em 2014.

Com a decisão de entregar os cargos no governo federal, o ex-ministro da Integração Fernando Bezerra (PSB) saiu da pasta para se dedicar à candidatura de Campos ao Planalto. O próprio Bezerra, por sua vez, quer disputar o governo de Pernambuco. Outro presidenciável, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), já colocou a obra na disputa pelo Planalto.

Em setembro, o tucano foi à região do São Francisco, caminhou em trechos paralisados da obra e abordou o atraso em gravações do programa de seu partido. Disse, na ocasião, que Dilma deixará um “cemitério de obras inacabadas” como legado.

Procurado, o Ministério da Integração Nacional atribui a lentidão ao tempo usado para licitar novamente as obras e liberar recursos.
postado ás 13:48

blog do Flávio Galdino

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