Vinícius Gritzbach, delator do PCC, foi assassinado no aeroporto de Guarulhos.A coluna teve acesso com exclusividade a documentos sigilosos sobre a investigação do assassinado de Vinícius Gritzbach, o delator do PCC. Entre eles, o depoimento do policial militar Denis Antonio Martins, apontado pela polícia como um dos atiradores.Martins foi ouvido na última terça-feira (21) no DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, em São Paulo.
O cabo Denis Martins foi identificado após um procedimento de análise das antenas de telefonia, que detectou o sinal de celular dele. Martins está preso temporariamente e foi ouvido na presença de seu advogado.
O policial afirmou que entrou em férias no dia 01/11/2024 e foi assim até o dia 15/11/2024. Afirmou que, no mês de novembro de 2024, enquanto estava em férias, não esteve na região de Guarulhos, nem mesmo no Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde Vinicius Gritzbach foi executado. Martins disse que há, pelo menos 10 anos, não circunda o aeroporto de Guarulhos.
O agente disse ainda que não se recorda de suas atividades no dia 08/11/2024, data da execução. E que só teve conhecimento das mortes acontecidas no Aeroporto Internacional de Guarulhos pela TV, no dia seguinte. Denis negou ser um dos atiradores de Vinicius.
Ao final do depoimento, ele disse que vai colaborar com a polícia, mas não vai fornecer material genético conforme orientação da defesa.
Ontem, o Jornal da Record noticiou, com exclusividade, a prisão ocorrida no sábado (18) do tenente da Polícia Militar Fernando Genauro, suspeito de ser o motorista que dirigia o veículo usado pelos executores de Gritzbach (assista abaixo).
Até agora, 17 policiais militares e civis já foram presos por ligação com o crime. Gritzbach foi morto após fechar acordo de delação premiado e denunciar policiais por ligação com a facção criminosa PCC.
Em nota, os advogados Renato Soares do Nascimento e Mauro da Costa Ribas Junior informaram que Denis não tem nenhuma relação com Vinicius Gritzbach e negaram a participação dele no crime. Eles também defendem Fernando Genauro, preso no sábado.
Leia a nota da defesa na íntegra:
“NOTA À IMPRENSA
A defesa do Tenente Genauro e do Cabo Denis se posiciona no sentido de que ambos são inocentes, não estiveram no aeroporto de Guarulhos na data dos fatos e não têm relacionamento algum com Antônio Vinicius Gritzbach.
No processo penal, em fase própria, a defesa apresentará provas documentais e testemunhais que comprovam a inocência de ambos.
São Paulo/SP, 22 de janeiro de 2025
RENATO SOARES DO NASCIMENTO
ADVOGADO
MAURO DA COSTA RIBAS JUNIOR
ADVOGADO″
R7.com.br
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